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TEXTO 2 - TÉCNICAS DE RECOLHA DE MATERIAIS EMPÍRICOS - MÓD.3

A técnica de recolha de dados é uma fase muito importante para que se cumpram os objetivos da pesquisa.

Ela é de caráter aberto e interativo

Para uma pesquisa qualitativa as técnicas se dividem em dois blocos.

Para Colás citado em Aires (2015, p. 24) a técnicas de uma pesquisa qualitativa se divide em dois blocos.


Técnicas diretas ou interativas (observação, entrevistas qualitativas, histórias de vida)


Técnicas indiretas ou não interativas (documentos oficiais, registros, documentos, documentos diários, autobiografias, cartas e etc.)


TÉCNICAS DIRETAS


Observação: recolha de dados de forma sistemática, é uma técnica bem antiga também considera uma técnica básica . As observações científicas são mais rigorosas. Ela e intencional e sistemática. Pode ser um belo instrumento, pois esta submetida a veracidade , objetividade , fiabilidade e precisão. Uma das características e o não intervencionismo.


A observação qualitativa é fundamentalmente naturalista. Flexível e aberta pode ser praticada no contexto da ocorrência, entre os atores


Etapas: Seleção de cenários recolha de informação , tratamento dos protocolos recolhidos .


É um método indutivo porque parte da experiência para uma teoria mais geral. (conclusão minha)


Três alternativas genéricas para uma observação cientifica:


Estratégias - O pesquisador pode atuar diretamente ou não

Níveis diferentes de sistematização – Pode fixar ou não categorias

Diferentes graus de controlo controlando ou manipulando ou não uma situação


Observação: Panorâmica participante ou não participante, seletiva participante e não participante.

Limitações: esta sujeita ao etnocentrismo, que significa tomar cultura do observador para julgamento de outra cultura. Outro incoveniente é que é muito subjetiva e o pesquisador pode misturar convicções próprias com as observadas. Também tem um grau de dispersão (Ruiz Olabuenaga, 1996 citado por Aires 2014, p.27)

Vantagens: é muito útil para pesquisas qualitativas educacionais. Facilita a obtenção das informações internas, aprofunda o conhecimento de outras culturas, facilita o registros e informações não verbais


ENTREVISTAS


Uma das técnicas ais comum em pesquisas

  • Pode ser individual ou em grupo

  • Pode ser presencial ou não

  • Pode ser utilizada para diversos fins

  • Tipo: Entrevista a uma pessoa ou um grupo

Entrevistas que se prendem a um tema – monotemáticas

Entrevistas mais ou menos estruturadas


  • Entrevistas estruturadas: Duas pessoas com perguntas pré estabelecidadas, as resposta já são registradas decodificadas pelo entrevistador.


  • Entrevistas não estruturadas: desenvolvem-se de acordo com os objetivos definidos, as perguntas não são definidas, surgem no decorrer da conversa. Esse tipo de entrevista é comum em pesquisas qualitativas, pois a recolha permite um aprofundamento maior o assunto abordado.


Entrevistas é sempre um processo comunicativo entre o entrevistador o entrevistado. E ambos se influenciamdevido a características pessoais das duas partes.


Entrevista aberta, não diretiva esta baseada no construtivismo. Os sentidos vão se construindo ao longo da interação. A entrevista sempre procura conhecer e compreender.


Segue um quadro com as diferenças entre as pesquisas estruturadas e não estruturadas.

Entrevista em profundidade: útil para informações de caráter pragmático, como os sujeitos atuam nos sistemas de representações sociais em suas práticas individuais. Como o individuo atua face o que pensa sobre determinado assunto, entrevista aberta não se preocupa apenas com o que se diz ou de faz em relação ao assunto abordado e sim o que se diz do que faz Aires citando Alonso (2015, p. 31).Nesse tipo de entrevista o entrevistado não registra apenas as respostas ele faz a análise do discurso em um contexto. Nesse tipo de entrevista as ações do entrevistador também são levadas em consideração, isso é realizado através de um contrato entre as partes. Na pratica deve se obervar três níveis: entrevista enquanto “discurso dialógico” ; 2 – Interação verbal ; 3 – Universo de referência. O entrevistador possui um suposto poder que pode influenciar negativamente e comprometer toda a conversa, essa é uma limitação desse tipo de entrevista.


Considerei importante a informação do texto quando diz que a entrevista depende da interação entre as partes, não pode ser como um interrogatório , nem uma confissão ou confidência . O entrevistador intervém o tempo todo que direciona para o tema proposto.


Atos de falas: declaração onde o entrevistado apresenta seu ponto de vista; interrogação: momento em que o entrevistador faz uma pergunta; reiteração: o entrevistador reafirma algo falado pelo entrevistado.


ENTREVISTA DE GRUPO


A entrevista em grupo pode ser estruturada, não estruturada ou semi-estruturada.

Ela não substitui a entrevista individual, mas dá outro ângulo de visão do tema abordado.

É utilizada em campanhas políticas, estudos de mercado e investigação antropológica.

Serve como recolha de informação tanto para a pesquisa qualitativa quanto para a quantitativa

A entrevista pode ser utilizada como triangulação de informação. Mescla métodos qualitativos e quantitativos


CAPACIDADES EXIGIDAS DE UM ENTREVISTADOR DE GRUPOS


O entrevistador deve ser flexível, objetivo, persuasivo, bom ouvinte e criar empatia com o grupo.

Cumplicidade com alguns elementos do grupo para permitir a comunicação e devem incitar os entrevistados mais calados. Deve computar as respostas de todos




Como vantagens desse tipo de entrevista podemos pontuar que ela pode ser mais econômica, proporciona uma grande quantidade e diversidade de informações. É mais cumulativa e elaborativa dos que as resposta individuais. E como desvantagem a cultura do grupo pode interferir na expressão individual, o grupo pode ser dominado por uma só pessoa e a extração de resultados pode exigir mais do entrevistador.


GRUPOS DE DISCUSSÃO


Técnica de recolha de discursos orais de determinado grupo social, geralmente é usado em pesquisas qualitativas. Supõe-se de um projeto de pesquisa aberto


HISTÓRIAS DE VIDA


Teve início na década de 20 e consiste na narração da experiência de vida de uma pessoa. Objetivos: fazer uma análise da realidade vivida elos sujeitos , conhecer a história de um grupo humano , compreender aspectos básicos do comportamento humano e das instituições. Deve ser utilizadaa perspectiva sociocultural.

Fases: 1 – relatos são transcritos e analisados2 -o protagonista corrige , completa e interpeta sua narrativa sob a orientação do investigador e a seguir auto-critica-a. 3 - Faz a análise do discurso é o método mais utilizado para essa categoria, através desta análise elaboram-se categorias descritivas que analisam em estruturas as temáticas do relato, sem perder de vista o sentido global.

Categorias são determinadas a priori, mas são abertas.

Dificuldades: Dificuldade em explorar a informação e nas diferenças entre o investigador eo investigado quanto ao uso da linguagem, sistemas de valores e culturas.Para a educação esse método é muito eficaz devido a riqueza de detalhes que uma história de vida pode trazer


TÉCNICAS INDIRETAS


DOCUMENTOS OFICIAIS: Internos e externos – trás informações sobre instituições, poder das instituições. DOCUMENTOS PESSOAIS como os grafites, diários, cartas e anotações que revelam gostos , relações, interesses, conceitos, visões que podem contribuir para uma pesquisa para a educação.

Aires, L. (2015). Paradigma qualitativo e práticas de investigação educacional. Lisboa: Universidade Aberta. E-book, disponível online em: https://goo.gl/c2h41p

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